sábado, 18 de abril de 2015

O corpo depois da gestação


Uma coisa que tem me incomodado bastante ultimamente, é a forma que meu corpo tomou depois da gestação. Podem me dizer que ainda estou em processo de recuperação do parto, que o corpo volta e tudo mais, mas a verdade é que, mesmo não sendo tão vaidosa e estando sempre um pouco acima do peso, ultimamente tenho evitado os espelhos.

Ainda estou descobrindo como é que se lida com seu corpo e sua vaidade depois de um filho. As roupas de antes da gestação não servem, as de grávida nem pensar. A barriguinha saliente que não vai embora. A pele e o cabelo cada dia mais esquisitos.

De fato nada, nada é como antes.

Nessa hora é que a gente se dá conta de que a maternidade também tem seu lado cruel.

Se por um lado ser mãe é a coisa mais maravilhosa do mundo, por outro vamos aprendendo a cada minuto a abrir mão de nossas vaidades, nosso cansaço e nossos medos. Não porque conscientemente você entende que não cabem mais sentimentos assim na nova vida, não mesmo. O que acontece é que como por instinto as prioridades vão se alinhando sozinhas e quando você vê aquele sorriso banguela todo o resto perde a importância.

Apesar de mãe, ainda sou mulher e claro, quero organizar minha vida de maneira a poder dar ao meu filho todo o amor que ele precisa, mas também poder me cuidar e me sentir bem com meu corpo. E este desejo não é reflexo de nenhum egoísmo, não é só por mim mas por nós dois. Aliás, por nós três, afinal tudo que penso e desejo hoje, é em primeiro lugar pelo bem da minha família. O resto a gente ajeita depois.
Se der tempo.

domingo, 8 de março de 2015

Viajando de carro com um bebê de 2 meses

A nossa primeira aventura na estrada foi para passar o natal com uma parte da familia que mora a 400km de distância. Não era uma viagem assim tão longa, mas estávamos um pouco apreensivos porque alem de viajar por pelo menos 5 horas seguidas , nosso pequeno iria conhecer uma casa nova, rostos diferentes e muitos outros colos.

Para a viagem, nos preparamos da seguinte forma:

 - Saímos imediatamente após uma mamada. Garantindo que ele não sentisse fome em uma lugar da estrada em que não conseguissemos parar para mamar.
 - o horário também foi estratégico. Aproveitamos um horário em que o soninho da tarde seria irrecusável pra ele, muito embora o balanço do carro por si só já seja um convite ao mundo dos sonhos.
 - paramos após 2h30 mais ou menos para uma troca de fraldas e um tetê (mesmo que ele não estivesse com aquela fome) ficando assim 'abastecido' para o resto do caminho.

Devo confessar que não foi nada difícil. Ser mae de primeira viagem é que faz a gente imaginar mil e um cenários e em todos esses cenarios imaginários você esqueceu alguma coisa essencial. Normal.

O passeio foi lindo pra ele, cheio de sorrisos e presentes, aproveitando o colo de todo mundo que chegava perto.


Dormindo no berço que já foi do vovô

A estadia na casa do bisavô foi muito gostosa e o Enrico se comportou muito bem! Ele teve a felicidade de dormir no berço que pertenceu ao meu pai, depois foi de todos os seus irmãos e até eu já dormi ali! Quanta historia esse berço tem pra contar! Quanta felicidade em ver meu filho continuando essa história...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Um agradecimento às mãos que trouxeram meu filho a este mundo

Tive o prazer de ser paciente de um obstetra humano, profissional, atencioso e dedicado. Um médico como poucos que conheci, que ouvia minhas queixas com atenção e soube separar minhas neuras de mãe de primeira viagem das preocupações reais, oferecendo para qualquer pergunta que eu fizesse uma resposta clara e completa.

Tive a feliz experiência de ter um parto tranquilo e sem traumas.

Sinto uma paz enorme toda vez que lembro que tive um médico que segurou minhas mãos na hora da anestesia e me contou tudo o que iria acontecer pelo menos 2 vezes, para que eu não sentisse medo.

Ainda me pego rindo sozinha, quando lembro das conversas amistosas com meu médico e sua equipe tão alto astral na hora do parto, tudo pra que eu me sentisse a vontade.

Eu tive a sorte de ter em meu caminho um médico em quem pude confiar (ou tive a sorte de ter uma amiga tão boa que me indicasse este médico).

Eu me senti amparada e segura em todas as fases da gravidez porque recebi essa segurança em cada consulta.

Eu tive sorte de ter um médico excepcional, que me ajudou mesmo quando não tinha obrigação em fazê-lo, desde uma viagem em que a companhia aérea insistia em me barrar, até trazendo notícias do meu bebê da UTI neo natal e informações mais explicadas de maneira que pudéssemos entender o que estava acontecendo com ele. E por tudo isso eu me sinto muito grata!

Ás mãos que trouxeram meu filho a este mundo e deram a ele as primeiras “boas vindas” com tanto respeito e dignidade, meu mais profundo agradecimento e admiração.

Obrigada por ter cruzado nossos caminhos e ter deixado uma lembrança tão boa do momento mais especial das nossas vidas!