terça-feira, 30 de setembro de 2014

Meu Deus, eu vou ser mãe!





A historia de nós três começou com apenas dois de nós num encontro perfeito, marcado por Deus.
E porque tinha que ser assim, um encontro sem pretensão nem necessidade nenhuma de ser, deixou claro que aquilo era mais que um simples encontro. O amor começou a crescer livre, sem barreiras, sem pesos, sem expectativas, apenas cresceu e cresceu tanto a ponto de não caber mais em dois. Os sonhos começaram a vir e a vontade de continuar construindo nossa vida juntos e trilhar este caminho em forma de família já era enorme.

Como uma decisão desse tamanho tem consequências enormes, precisava ser bem elaborada, pensada e planejada com calma. Começamos a planejar que talvez dali um ou dois anos seria um prazo razoável, isto é, se as coisas se acalmassem e a nossa vida tivesse uma rotina mais tranquila, especialmente nos nossos trabalhos.

Foi nessa mesma época que recebi o diagnóstico da endometriose. A médica que me atendia até então disse claramente que eu não conseguiria engravidar, pelo menos não tão cedo, pois haviam alguns tratamentos a serem feitos, talvez até uma cirurgia. Saí do consultório triste mas disposta a fazer o tratamento. Ok, ainda tinha alguns anos pela frente até pensar em engravidar. O primeiro exame foi marcado pra dali a 3 meses e por todo o período eu não poderia tomar pilula anticoncepcional para não interferir no exame. Ok, já que a endometriose me impediria mesmo de engravidar.

O exame deveria ocorrer na terceira menstruação espontânea e na semana da coleta percebi que algo de estranho estava acontecendo. Eu não poderia fazer o exame porque não havia menstruado. Como havíamos evitado de outras formas e eu tinha a 'bendita' endometriose, não tinha como estar grávida.

Mais alguns dias se passaram, a data do exame se aproximava e nada! Resolvi fazer um teste de farmácia só por desencargo mesmo. Fiz tudo como mandam as instruções, esperei os tais 5 minutos, depois dez.... e nenhuma das listrinhas apareceu. Rá! Otimo! Dentre tantos testes na farmácia me deram justo o que estava bichado! Enfiei o teste na bolsa e deixei pra lá. Nas instruções estava bem claro que depois de 5 minutos o teste perdia a eficácia, então qualquer que fosse o resultado depois daquele tempo, não estaria certo.

Uma hora depois a curiosidade me fez dar uma olhadinha no teste e lá estavam os tais dois risquinhos. Coração deu uma paradinha de leve, bem de leve, afinal o teste estava errado. Claro que estava. Não vale depois de uma hora. rs

No dia seguinte, só por curiosidade fiz mais um teste de farmácia. Este já revelou as duas listras dentro do período estimado. Mas tem vários falsos resultados né? Eu não estou grávida, não! Não agora que acabei de me inscrever na pós, que a vida profissional tá do avesso, que acabamos de comprar um carro e um apartamento e as dívidas estão até as tampas.

Bom, agora a coisa ficou séria. 
Eu não poderia passar uma noticia dessas pra frente se não tivesse certeza. Aí foi só fazer um exame de sangue no laboratório, que revelou o óbvio: sim, eu estava grávida. Tinha um serzinho fruto de todo esse amor que eu vivia (e vivo) todos os dias dentro de mim.

Respiração sumiu por alguns segundos que pareceram anos. Coração deve ter entrado em arritmia nessa hora... 

Meu Deus, eu vou ser mãe!...







segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Um novo começo

Escrever sobre maternidade não é algo fácil. Pelo simples fato de a maternidade envolver tantas emoções, decisões e sensações, que não dá pra explicar em poucos (nem muitos) parágrafos. Estou descobrindo que fica tudo um pouco mais complicado quando todo esse mundo vem pra dentro da gente, especialmente quando não se tem qualquer experiencia - mesmo que distante - com ela.

Não, eu nunca cuidei de um recém nascido. Nunca tive uma irmã, tia, prima ou amiga próxima de quem  eu tenha participado dessa fase tão intensa pra ter uma idéia de como é. A única coisa que sei é que chegou pra mim, de uma maneira linda, especial, me mostrando uma face do amor que eu não conhecia e junto com ela uma avalanche física e emocional. Estou amando viver este momento, esperando ansiosamente a chegada do meu filho e administrando toda a confusão que isso representa na vida de uma mãe moderna que quer ser a melhor profissional possivel, manter a casa em ordem, ser a esposa mais amorosa e tudo isso sem se afastar dos amigos. Talvez eu esteja querendo demais....

A ideia de escrever já me rondava a algum tempo já que tenho um certo fascinio pela letra, pela palavra escrita e também porque sou leitora de vários outros blogs sobre maternagem. Resisti um pouco porque com tantos blogs ótimos por aí, pra quê né? Mas então finalmenhte resolvi me render ao meu momento, porque cada história é unica, cada bebê é um indivíduo no planeta, com seu proprio jeitinho e cada mãe é um universo.

Não tenho a intensão de criar um blog com dicas mirabolantes de como resolver todas as questões que surgem durante esse periodo. Meu único objetivo aqui é compartilhar com quem está passando, já passou ou vai passar por isso o que esta experiência vai me ensinando.

E é assim, sem peso, sem exigencias ou expectativas que começa a espera pelo meu pequeno príncipe.

Enrico vem aí... e tem uma mãe ansiosa demais esperando!